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Resenha: Napoleão (2023)

O novo filme Napoleão não é incrível, mas é importantíssimo para os tempos atuais!

Oferece à platéia ação e romance, o que se consome loucamente hoje em dia, enquanto faz uma crítica clara e direta às identidades cisgêneras (pessoas que se identificam com o gênero que lhes foi atribuído no nascimento) – especialmente a do homem -, à família “tradicional” e como tudo isso gestou o colonialismo e manteve impérios.

Joaquim Phoenix e Vanessa Kirby mostram bem a intimidade doentia do casal Napoleão e Josefina. O começo e o fim, de dentro do núcleo desse sistema de poder. Um fenômeno totalmente fora de controle, que começa com a paixão heterossexual.

Se vê também a torção que se dá na dominação entre um e outro, olhando pela esfera pública ou privada. Como ela joga com o gozo fálico dele e ri do desejo fora de controle do pobre homem desgovernado – um macho tóxico que foi responsável pela morte de milhões de pessoas (contando os vários lados, mais de 6 milhões!).

Um belo exemplo da frase clássica “Tudo na vida é sobre sexo, menos o sexo, que é sobre poder” – de autoria desconhecida, atribuída erroneamente a Oscar Wilde e dita por Francis Underwood na série House Of Cards.

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