Desde os anos 00, o dinheiro dos 1% na indústria da tecnologia tem crescido exponencialmente. As gigantes, conhecidas como Big Tech, tão ganhando uma grana absurda, vivendo de crescimento artificial e super acelerado (“Uber não dá lucro”), com os investimentos de venture capitalists (VCs) de fundos como Blackrock e Vanguard.
Essa parceria entre dinheiro dos super ricos e tecnologia tem um lado obscuro. As estratégias de negócio da Big Tech tão indo além e alimentando colonialismo de dados, um imperialismo do século 21. Um domínio global que tem consequências bem ruins pra sociedade e pra soberania dos países.
Pra entender como chegamos aqui, precisamos olhar as condições macroeconômicas da época. Juros, inflação, baixa rentabilidade em outros mercados, busca de novos… Tudo isso alimentou o Big Money e suas apostas na tecnologia. Eles investiram fortunas nas Big Tech pra ganharem ainda mais dinheiro. Mas essa estrutura macroeconômica não está mais favorável agora. As demissões em massa de TI são sobre isso também.
E a situação atual é bem preocupante com os impactos do que foi todo esse movimento. Essas gigantes da tecnologia se tornaram verdadeiros impérios digitais e ameaçam democracias pelo mundo todo. Não a toa estamos discutindo o PL das Fake News, a regulação das plataformas digitais, surgiu a Lei Geral de Proteção de Dados…
Elas têm tanto poder e influência que fica impossível competir com elas. É um jogo injusto, onde elas controlam tudo e dominam o mercado, pois só assim conseguem dar o retorno que o Big Money conta.
Mas a gente não pode ficar de braços cruzados. Temos que buscar caminhos de soberania digital. E aí que entram alternativas como o Fediverso, o Matrix e a web descentralizada (Web 3.0, Solid e outras paradas).
O Fediverso é um monte de redes sociais federadas, onde cada servidor é independente, mas conectado com os outros. Isso dá mais controle pra gente sobre nossos dados e evita que uma empresa só fique com todo o poder.
Já o Matrix é um protocolo de comunicação descentralizado, que interconecta diferentes serviços de mensagem pra gente poder se comunicar de forma livre e segura. É a gente retomando o controle das nossas conversas, sem ficar nas mãos de uma empresa só.
E tem também a Web Descentralizada, ou Web 3.0 (mais criticada, cheia de ultraliberais). Um novo modelo de internet que usa tecnologias como blockchain e contratos inteligentes. Pelo menos lá a gente pode controlar nossos próprios dados e compartilhá-los seletivamente, sem precisar de intermediários chatos.
Agora, é importante entender que essa transição pra um modelo descentralizado não é fácil. Todo mundo, desde governos até empresas e nós, precisamos se engajar pra fazer isso acontecer. Precisamos fomentar a inovação, estabelecer padrões abertos e entender melhor sobre tudo isso.
A soberania digital é um objetivo que devemos buscar se valorizamos nossa privacidade, liberdade e diversidade. Com alternativas descentralizadas, a gente pode construir um futuro digital mais justo e resistente à influência do Big Money.
Então, bora refletir sobre tudo isso, debater soluções e trabalhar juntos pra garantir um futuro digital mais democrático. A gente tem o poder de construir a soberania digital, mas precisamos fazer acontecer.
Alguns links:
Fediverso:
– Mastodon: joinmastodon.org
– Pleroma: pleroma.social
Ambos têm aplicativos disponíveis para Android e iPhone nas respectivas lojas de aplicativos.
Matrix:
– Element (anteriormente conhecido como Riot): element.io
O Element também possui aplicativos disponíveis para Android e iPhone nas respectivas lojas de aplicativos.
Aproveite para experimentar essas plataformas descentralizadas, conectar-se com novas pessoas e explorar a liberdade e o controle sobre seus dados que elas oferecem. Divirta-se!
